Diretor geral do INDSH José Cleber do Nascimento |
Segundo dados do
Ministério da Saúde, no Brasil, entre 3% e 16% dos pacientes internados sofrem
algum tipo de evento adverso que pode ser evitado, o que ressalta a necessidade
imperativa do desenvolvimento de estratégias para garantir a segurança do
paciente. O tema foi abordado em treinamento que começou nesta quarta-feira
(10), na Escola Técnica do Sistema Único de Saúde-PA (Etsus-PA), vinculada à
Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), promovido em parceria com o
Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH).
Esse ciclo de
treinamento começou em agosto vai até outubro deste ano. A capacitação sobre
“Gestão de Risco e Segurança do Paciente em Serviços de Saúde” se estende até
quinta-feira (11), para 66 servidores do SUS, indicados pela escola. Durante os
dois de curso, os participantes vão tratar sobre as legislações vigentes e as
iniciativas referentes à segurança do paciente, evidenciando as principais
ferramentas da gestão de risco e a participação junto ao paciente, colaborador
e o meio ambiente.
Curso do Prof. Álvaro Lisboa |
Na abertura do
curso, a diretora de Relacionamentos do INDSH, Cleide Rillo ressaltou a
importância da parceria com a Sespa na melhoria da qualidade do serviço público
no Estado. O médico infectologista, diretor Clínico do Hospital e Maternidade
São Camilo e membro do Instituto Brasileiro para a Segurança do Paciente, José
Ribamar Carvalho Branco, que ministra o curso, parabenizou a iniciativa em
tratar da segurança do paciente e disseminar o Programa Brasileiro de Segurança
do Paciente, que obriga a rede hospitalar a implantar um núcleo ou comissão
voltada para desenvolver essas ações preventivas para a maior qualidade de
atendimento do usuário.
“Os eventos
adversos ocorridos na rede hospitalar têm que ser relatados para o Ministério
da Saúde, que vai analisar, sugerir melhorias e criar um banco de dados
para repassar orientações”, disse. “Nos Estados Unidos, a terceira causa de
morte em hospitais são os eventos adversos na assistência, ficando atrás
somente de casos de doenças cardíacas e câncer”, informou.
O enfermeiro José Juliano agregará conhecimentos |
Para ele, os
desafios na rotina de um hospital devem ser enfrentados com a criação de
comissão para gerenciamento de risco, uso de ferramentas para identificação
desses eventos e identificação das medidas mais adequadas para evitar que essas
situações ocorram novamente. Trabalhar em equipe e aprender com os erros são
outros exemplos citados pelo médico.
O enfermeiro
José Juliano Costa, responsável pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar
do Hospital Geral de Tailândia, disse que gosta da troca de informações. “A
direção do hospital sempre se preocupou com a assistência, e destina
investimento na capacitação de profissionais. Já temos nossa comissão de
controle de infecção hospitalar, que desenvolve também a educação continuada.
Estar aqui é muito importante e só agrega mais conhecimentos”, disse.
Dr. Branco falou sobre segurança do paciente |
Ao final do
treinamento, os participantes terão condições de conhecer conceitos de
segurança do paciente e gerenciamento de risco; identificar eventos adversos no
dia a dia de trabalho; conhecer conceitos de Teoria do Erro; descrever
conceitos básicos da cultura de segurança do paciente; conhecer ferramentas de
gestão de riscos; e atuar adequadamente na comunicação de eventos adversos a
pacientes e familiares.
O curso de 16
horas tem como público-alvo gestores de serviços de saúde, enfermeiros,
médicos, nutricionistas e farmacêuticos. No período de 30 deste mês a 1°
de outubro, será ministrado o último curso do ciclo de treinamentos, que vai falar
sobre “Indicadores”.
Já foram
ministrados os cursos de "Logística de Serviços de Saúde", ministrado
pelo diretor Geral do INDSH, José Cleber do Nascimento, nos dias 24 e 25 de
julho. "Programa de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde",
nos dias 19 e 20 de agosto, pelo prof. Álvaro Lisboa.
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